sábado, 23 de fevereiro de 2013

Toda ação tem uma reação


Na dialética da vida, quem perde são os que vivem. Assim inicio meu texto buscando entender o porquê de geralmente priorizarmos nossos interesses em detrimento do interesse maior. Observando o comportamento daqueles que ao meu redor se movimentam, vejo que pouco se importam com aquilo que sentimos, mesmo que seja injusto e desde que não seja do interesse do outro cessar tal sentimento. É nesta seara que me pergunto o que significa para alguém passar por uma situação que julga desagradável e achar que assim não o seria para o outro.

Fui convidado a participar de uma audiência onde vários expunham seus motivos para que algo não acontecesse ou, caso acontecesse, que o fosse da “melhor” forma possível. Entendi que a melhor forma não é aquela onde aquele a quem servimos se beneficia, mas os que servem. Foi dado um show de egoísmo com argumentos para motivos teoricamente justos. Até que ponto não me convém correr perigo de vida e a outro não? O meu direito de não querer me expor justifica a exposição de outro? Talvez não, acredito! O fato é que está ocorrendo.

Os fins justificam os meios. A forma como se procede num fato determinará o seu desfecho. Como esperar piedade quando agimos com impiedade? Como não esperar uma reação negativa quando nossas ações se configuraram tal e qual? Toda ação tem uma reação.