quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

O Número 9


“Nove”, disse o professor, estudioso de línguas e historiador. “E esse número não é um acaso. O nove é um algarismo simbólico, em muitas línguas européias apresenta semelhanças com a palavra novo. Em português nove e novo. Em espanhol, nueve e nuevo. Em francês, neuf e neuve. Em inglês, nine e new. Em italiano, nove e nuovo. Em alemão neun e neu. Nove significa, por isso, a transição do velho para o novo. Foram nove os primeiros templários, os cavaleiros que fundaram a Ordem do Templo, os que estão na origem da Ordem portuguesa de Cristo. Foram nove os mestres que Salomão enviou à procura de Hiram Abbif, o arquiteto do Templo. Deméter percorreu o mundo em nove dias à procura da filha Perséfone. As nove musas nasceram de Zeus por ocasião das nove noites de amor. São precisos nove meses para o ser humano nascer. Por ser o último dos algarismos singulares, o nove anuncia em simultâneo e nessa seqüência, o fim e o princípio, o velho e o novo, a morte e o renascimento, o culminar de um ciclo e o começo de outro, o número que fecha o círculo...”
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Feliz 2000 e 9 ...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Meninas Tímidas


A timidez é algo que nunca entendi. É uma miscelânea confusa de receio, retração, acanhamento, fraqueza, debilidade, falsidade, artimanha, esperteza, meiguice, inteligência. Definitivamente é algo que me inspira contradição. Os tímidos são contraditórios por natureza, pois é da natureza do tímido ser o que não demonstra e demonstrar o que não é. Aprecio essa dualidade. Os fortes não entregam todos os seus pontos e por isso nem sempre são alvo de total confiança. Mas quando o são, são realmente venerados.
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Assim são as meninas tímidas. Cheias de encanto, mas ao mesmo tempo muita malícia, a malícia de toda mulher, de Caetano, quando de forma célebre afirma que “cada um sabe a dor e delícia de ser o que é”. A mulher, com seu sacro poder, timidamente sabe intimidar aquele que a deseja. É a doce mentira da conquista. São as faces femininas, as delícias da timidez.

domingo, 21 de dezembro de 2008

8 Dicas Para Salvar o Mundo

1. Erradicar a extrema pobreza e a fome;
2. Atingir o ensino básico universal;
3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres;
4. Reduzir a mortalidade infantil;
5. Melhorar a saúde materna;
6. Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças;
7. Garantir a sustentabilidade ambiental;
8. Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento.
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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008



Ainda não conheço o preço de ser diferente. Mas sinto que se houver cobrança, está será por parte de mim. Ou não. Sinceramente não sei. É aquela velha confusão. Aquele velho lema de procurar as coisas onde elas provavelmente não estão. Não tenho nada a esconder. Nada a declarar. No nada me perco, por nada poder fazer face o que é feito. Essa natureza heterogênea que de hétero só possui a semântica. Conceitos turvos, para visões turvas, onde a eterna procura se encontra no trauma da desorientação.
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Cada dia que se passa me mostra um indício de que eu poderia ser diferente. Vou mais longe: deveria. Mas por ironia do destino essa heterogeneidade me homogeniza a ponto de eu não saber distinguir o hétero do homo. O que seria?
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Qual será o verdadeiro preço pago por ser diferente? Qual o valor do homo quando o ônus está no diferente? O que é ser diferente? O que é esta tal diferença que divide os diferentes em classes diferentes que se confundem com os iguais?
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Como sempre, nos perdemos nos conceitos, pois conceitos são apenas conceitos. Nada mais. O que considero válidos são os princípios. Isso sim. Princípios realmente valem. Mas será o princípio o valor do homo que recai no diferente?
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Surgem três dúvidas: o que é um princípio? O que é a diferença? O que é a igualdade?
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Deixo para os meus semelhantes, que na verdade são únicos e diferentes, as possíveis definições para estes conceitos que em si sós são da mesma forma diferentes e parecidos entre si.
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É uma pena que a noção do igual gere uma relação de diferença.

domingo, 14 de dezembro de 2008


A beleza da juventude está em ser jovem enquanto for vivo. A face de uma criança nos remete àquela nostalgia doce, com sabor de liberdade, sem provas, sem dívidas, sem dores de cotovelo, sem malícia, apenas apontando o dedo para um futuro potencialmente brilhante. A vida é o que é. Mudamos, crescemos, nos moldamos e criamos em tudo aquilo que não queríamos ter criado. Dificultamos o simples, simplificamos o composto sempre com o objetivo de viver. É vivendo que se cresce, não tenho dúvidas.
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A mesma mão que redigiu este texto, na foto, aponta para o futuro.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Tarado ni você
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tarado tarado tarado tarado
tarado tarado tarado ni você
tarado ni você
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ni mim
no carnaval
ni tudo
ni todo mundo nu
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(deixa eu gostar de)
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Caetano Veloso em

terça-feira, 2 de dezembro de 2008


"Não sou eu quem vai ficar no porto chorando e lamentando o eterno movimento dos barcos."
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sexta-feira, 21 de novembro de 2008


Seguindo meu caminho, vou indo. Indo aonde... Não sei. Apenas sei que estou no caminho certo. Cansaço, estafa, tristeza, alegria, disposição, apetite. Alguns dos sentimentos opostos que a mim me fazem seguir em frente. O verdadeiro conselho está dentro de nós. E este interior é medida correta do crescer, do ser, do aprender, do saber. É crescendo que se sobre, é sendo que se vive, é aprendendo que se pode, é sabendo que se cresce e é crescendo que se sobe. Coisas novas sempre hão de nos aportar a outras das quais não sabemos o que são. São conseqüências do viver. Enfim ...

domingo, 9 de novembro de 2008

CRÔNICAS BRASILEIRAS

A criança que não sorria
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O desembargador Antonio Carlos Malheiros utilizou boa parte do seu tempo, durante o Seminário Nacional do Movimento Nacional de Direitos Humanos, em Brasília, para motivar os militantes presentes. Falou do trabalho de conscientização dos jovens “e arrogantes” juízes em São Paulo, de sua história na Comissão de Justiça e Paz (decisiva no combate à ditadura), e contou um pouco do seu trabalho como voluntário em hospitais paulistas, quando invoca um lado palhaço para contar histórias às crianças.
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Num desses dias, ficou sabendo de um caso de um menino com o rosto desfigurado. Uma criança “sem rosto”, como definiu. O pai do menino assassinara sua mãe e tocara fogo no barraco. As seqüelas estão sendo combatidas no Pavilhão dos Queimados do Hospital Emílio Ribas.
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Era uma véspera de Natal e Malheiros decidiu fazer o que sempre faz nessas situações: dirigiu-se ao leito do menino para contar histórias.
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Começou a contar. Nenhuma reação.
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Insistiu. Ficou parte da tarde contando histórias. Mas o menino não reagia.
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Malheiros pensou: “Puxa, estou perdendo meu tempo aqui. Poderia estar com meus filhos, numa véspera de Natal, mas estou contando histórias para uma criança que não reage”.
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Mas insistiu novamente, por mais um tempo. Depois foi fazer outras coisas no pavilhão e encaminhou-se para ir embora. Nesse momento, percebeu um puxão no jaleco.
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- Tio...
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Era ele: o menino sem rosto.
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O desembargador ficou surpreso e perguntou o que ele tinha a dizer.
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Até hoje ouve a resposta.
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- Pode não parecer, mas estou sorrindo...
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(texto publicado no site da Agência Repórter Social)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008


Esta redação foi escrita por um candidato a uma vaga num concurso público recentemente. O tema foi a "Humanização dos Serviços Públicos de Saúde". Leiam esta primazia com bastante atenção.
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No brasil as pessoas devem ser mais bem tratadas. Os hospitais sao tudo cheio e sem enfraestrutura. Mais tudo isso ainda é piorado por causa dos politicos que desvião verbas. No brasil a populaçao deve de lutar mais, pra poder ter mais direitos que nao sao respeitados.
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Quando se anda nos hospitais se percebe como é tudo cheio, como não tem remedio e também mesmo como as pessoas são mau-tratadas. Todo mundo conhece gente que já foi pro hospital.
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Essas pessoas sempre sofrerão, sempre chegarão com dor, e sempre nunca receberão um tratamento humanizado que nem a proposta do tema desta redação.
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Devemos de ter orgulho de ter nascido no brasil, mas ao mesmo tempo tem que lutar pra ver o tão sonhado tratamento de humano, mim refiro a um tratamento humanizado.
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Todo mundo tem um monte de idea pra ser aproveitada, dentre estas sujere que se deve de receber mais dinheiro pra trabalhar e que tenha mais dinheiro pros hospitais publicos que atualmente nos tempos de globalisação é muito pouco em todo o pais do brasil.
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E no que se refere as esperiencias individuais de cada pessoa, elas só acordão pra realidade depois que se precisa do SUS. Aí tem vontade de se revolucionar toda a saude no pais do brasil.
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Fica entao como conclusao a vontade de se lutar, de se ter mais justiça social no pais que todo mundo mora, que no caso especifico do momento estamos nos referindo ao pais do brasil.
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Ele ousou postar no Orkut, lá na comunidade do concurso. Dê uma olhada. REDAÇÃO

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Ode aos Ratos


Rato de rua
Irrequieta criatura
Tribo em frenética proliferação
Lúbrico, libidinoso transeunte
Boca de estômago
Atrás do seu quinhão
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Vão aos magotes
A dar com um pau
Levando o terror
Do parking ao living
Do shopping center ao léu
Do cano de esgoto
Pro topo do arranha-céu
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Rato de rua
Aborígene do lodo
Fuça gelada
Couraça de sabão
Quase risonho
Profanador de tumba
Sobrevivente
À chacina e à lei do cão
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Saqueador da metrópole
Tenaz roedor
De toda esperança
Estuporador da ilusão
Ó meu semelhante
Filho de Deus, meu irmão
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Rato Rato que rói a roupa
Que rói a rapa do rei do morro
Que rói a roda do carro
Que rói o carro, que rói o ferro
Que rói o barro, rói o morro
Rato que rói o ratoRa-rato, ra-rato
Roto que ri do roto
Que rói o farrapo
Do esfarra-rapado
Que mete a ripa, arranca rabo
Rato ruim
Rato que rói a rosa
Rói o riso da moça
E ruma rua arriba
Em sua rota de rato
by Chico Buarque e Edu Lobo

terça-feira, 4 de novembro de 2008

HUMANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE



O direito à saúde é garantia constitucional. Entretanto, além de amparo legal, o homem necessita de amparo humano nas relações em que participa. O direito regulamentado perde, em parte, sua eficácia, quando seus provedores não levam em conta o caráter subjetivo e psicológico nas várias formas de contato entre as pessoas.
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A palavra “humanizar” remete à noção de trazer para o universo humano tudo aquilo que a ele está alheio. É necessário que se crie a visão de que o paciente se confunde com a doença e vice-versa, pois aquela está contida neste, influindo social, emocional e fisicamente. Há uma interação tanto interna como externa do indivíduo em relação à doença.
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Dessa forma, os serviços cujos objetivos são o tratamento do doente e da doença devem levar em conta os aspectos acima mencionados, já que somente há serviço de saúde se houver pacientes, o que se desdobra na participação da influência humana em ambos os papéis desempenhados pelo indivíduo, tanto ao prestar o serviço, quanto ao utilizá-lo.
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O serviço público deve ser prestado de forma universal, integral e digna. Esta dignidade é a fonte humanizadora na prestação do serviço. Somente através da sensibilização e internalização das noções de humanização, é que os serviços públicos serão prestados de maneira integral, pois irão além da mera análise do outro como objeto de tratamento, passando a enxergá-lo como ser pensante, sensitivo, e não apenas portador de uma enfermidade.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008


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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

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"Pai e Senhor, poderoso e inefável, que vindes no carro rolante de fogo purpúreo, e sem descanso, rompendo os tempos, os planetas, os cometas, os mundos; Senhor dominador dos campos, das searas fartas e das terras queimadas, taladas, desprovidas; senhor do vosso trono tão alto, de onde tudo e todos escapar-vos não podem, de onde ouvidos imensos ouvem o bramir das feras, o choro das crianças, as imprecações dos homens maus; senhor consente que a vossa esplendente majestade brilhe sobre a nossa terra, domine o céu distante e as estrelas mais altas. Pai universal, Único, Ubíquo, de mortais e imortais, que um átomo de vossa glória caia sobre a minha alma. Ó forma de todas as formas, último e primeiro número, harmonia e esplendor, esteja sempre conosco."
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Trecho de As Clavículas de Salomão
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Na primeira hora de Marte, num dia de Lua, do Arcanjo Gabriel, de São Tibúrcio e de São Valeriano.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

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"Pois é este o caso. O único efeito prático da se ter uma alma é o que ela infla o homem com vaidades antropomórficas e antropocêntricas – em suma, com superstições arrogantes e presunçosas. Ele se empertiga e se empluma só porque tem alma – e subestima o fato de que ela não funciona. Assim, ele é o supremo palhaço da criação, o reductio ad absurdum da natureza animada. Não passa de uma vaca que acredita dar um pulo à Lua e organiza toda a sua vida sobre esta teoria. É como um sapo que se gaba de combater contra leões, voar sobre o Matterhorn ou atravessar o Helesponto. No entanto, é esta pobre besta que somos obrigados a venerar como uma pedra preciosa na testa do cosmos. É o verme que somos convidados a defender como o favorito de Deus na Terra, com todos os seus milhões de quadrúpedes muito mais bravos, nobres e decentes – seus soberbos leões, seus ágeis e galantes leopardos, seus imperiais elefantes, seus fiéis cães, seus corajosos ratos. O homem é o inseto a que nos imploram, depois de infinitos problemas, trabalho e despesas, a reproduzir."
Fonte: Ateus.net

domingo, 5 de outubro de 2008

Hoje, dia 05 de outubro de 2008, mais uma grande data para eleição de novos ou velhos candidatos, os quais muitas vezes já conhecemos e sabemos que nenhuma competência possuem para gerir nossas cidades, nossos berços. Mas para que serve o voto? Será que sabemos o real sentido da mensagem que a eleição nos passa? Será que temos ideia (sem acento, de acordo com a nova regra da Língua Portuguesa) da importância do nosso voto? Será que ele realmente é importante? Definitivamente, ao longo do tempo me vi imerso em um conflito existencial em relação ao voto, pois perdi o discernimento acerca do fato de a não valoração do voto advir da parte dos votados ou dos votantes. Sei de uma coisa, independente de quem ganhe, permaneceremos na mesma situação, pois nada tem se mostrado favorável ao cidadão.
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Voltando à questão da valoração, acho sinceramente que nós cidadãos não valorizamos nosso poder de voto, conceito este (de poder) que é controverso. Como pode ser um poder (se é um poder, subentende-se que tenho controle sobre ele) se somos obrigados a exercê-lo? Como valorizaremos algo que somos obrigados a fazer e que quase sempre não surte o resultado desejado? Estou percebendo que um texto sobre eleição é estruturado com base em perguntas, pois só surgem dúvidas acerca deste tema. Eu, particularmente, não posso falar muito, pois este ano será minha primeira votação. Nunca votei anteriormente.
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Enfim, vou finalizar por aqui por dois motivos:
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1º: Este tema é altamente desmotivador e “desinspirador” e;
2º: Tenho que ir correndo votar, senão cometerei um crime.
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Cada vez mais sei que nada sei!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Questão de Entendimento



AMAR É SER FEITO DE PALHAÇO !!!
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É muito fácil enganar um coração, é muito fácil achar que o coração é cheio de amor pra dar. Porém não é com a mesma facilidade que se entende que da mesma forma o amor também é ingrato, é infame, não tem escrúpulos. Ou será que são as pessoas? Em que mundo vivemos?
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Vivemos num mundo onde gostamos, nos apaixonamos, amamos pessoas e nem sempre as recíprocas são sido verdadeiras. Às vezes penso que é um pouco, às vezes penso que é, mas o que penso mesmo é que no fundo mesmo vivemos de ilusão. O mundo do amor é negro, é ingrato. Pra se viver do amor, há que esquecer o amor. Há que se amar sem amar, sem prazer e com um despertador, como o faz um funcionário.
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Quando amamos nos cobrimos com o veneno do ócio. O ócio improdutivo, que nos encaminha ao mais profundo e terrível abismo, que é a dor, a entrega, o sofrimento. O amor jamais foi e jamais será um sonho. No amor há que se penar. Pra se ganhar no amor, há que apanhar, e sangrar e suar tal qual um trabalhador.
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O amor jamais foi um sonho. E por isso há que se entender que amor não é um ócio, e compreender que o amor não é um vício. O amor é sacrifício. Amar é iluminar a dor, como se fosse um missionário.
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O amor é uma droga. Vicia. Cria dependência. Cria sofrimento, gera discórdia. Fede. É um sacerdócio. Remete-nos aos mais íntimos desgostos e aos mais desgastantes sacrifícios.
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Entretanto, hei de concordar que o amor também é vida, é poder, é querer, é ser. O amor é realmente como a vida. Por mais que esteja errado, ninguém quer ficar sem amar. O amor é tal qual a vida, sempre desejada.
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Amar é antítese. É ser feliz sofrendo. É ver a paixão pelo ódio. É ir voltando. Viver morrendo. Alimentar-se sem comer. Amar é roubar o que se tem. É dar o que não tem. É enxergar estando cego.
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Amar é um jogo. Um jogo sério. Não uma brincadeira. Por isso ame incondicionalmente, pois a única condição para se amar é estar vivo.
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Loucura ... este texto na verdade é uma repostagem. Eu tinha um fotolog e postei exatamente no dia 15/05/2007. Só vim entender o contexto do meu texto quando vi a data. Percebi também que naquele momento em que escrevia, estava ouvindo o grande Chico. Hoje, depois de muita ilusão, desilução, paixão, amor, desamor, desânimo, desapego, reapego, seja lá o que e como for, sinto-me como que olhando para trás e ao mesmo tempo para baixo. E assim vejo que realmente cresci e percebi que para se viver do amor, há que se esquecer do amor.

terça-feira, 16 de setembro de 2008


Ainda contaminado pela falta de inspiração, a esta somou-se outro agente contaminante: a crítica não aceita. Sinto-me frustrado por dizer o que julgo verdade, mas tê-la interpretada como mentira. Como pode?
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Queria que minhas palavras escritas fossem lidas atentamente, para que o impacto da hermenêutica realizada ou não sobre minhas afirmações, fosse ao máximo, positivo. A teoria do meu discurso não é, definitivamente, manipuladora, tendenciosa ou maliciosa. Apenas crítica e analítica.
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Não quero durante minhas manisfestações criar dicotomias entre o que é certo ou que é errado; o que é ético ou amoral; até as ciências exatas evitam o maniqueísmo. Quero apenas fomentar a discussão através desta fantástica mídia que é a internet, meu blog mais especificamente. E, se mantermos este hábito, estaremos ganhando muito, pois não criamos o costume de fazê-lo presencialmente por falta de tempo, de oportunidade ou até mesmo de vontade. Dessa forma, tenho certeza de que estaríamos nos nutrindo epistemologicamente aproveitando este mecanismo virtual de qual aqui dispomos.
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Sendo assim, peço aos meus críticos duas coisas: primeiro, que tenham como objeto da crítica a criação e não o criador; segundo, que não duvidem das minhas faculdades.
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Saudações Fraternas.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008



Inspiração?
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Um sentimento de inércia abate-me repentinamente esses dias. Confundo-me entre os motivos aparentemente claros para mim: será eu ou os outros? Seria egoísmo achar que estou enfrentando problemas de ordem interna e achar que os demais são os culpados. Sinto-me como se tudo que me viesse aos olhos em nada parece com aquilo que idealizo. Onde estão aqueles sonhos de felicidade? Para onde foram aqueles feitos para nos fazerem felizes?
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Sinto que a depressão pela qual a sociedade contemporânea passa está me contaminando. Cada dia que passa, cada alguém que conheço, cada centímetro de beleza que o mundo perde, parece-me que perco também o ânimo.
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E falta-me INSPIRAÇÃO!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Mudar Faz Bem


Mudar é sempre um verbo muito difícil de ser posto em prática. A mudança nos leva à necessidade de refletir o quanto estivemos submetidos a algo e ao que nos levou a ela. O crescimento da humanidade teve como base os princípios da mudança e esta deu novas faces ao homem, tornando-o cada vez mais um ser tecnologicamente, socialmente e psicologicamente evoluído. Os grandes mártires ao longo da história passaram por mudanças em suas vidas, onde muitas vezes a mudança era de plano, do físico para o espiritual. Temos um grande exemplo no homem cujo nome serviu de base para nossa ordem: Jacques DeMolay.
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A renovação é algo inevitável onde quer que se viva, em qualquer organização onde a valorização e o senso de democracia sejam bens tão preciosos quanto nossas riquezas materiais e espirituais. Porém, muitas vezes confundimos valores e terminamos por criar noções difusas dos valores em relação àquilo que não nos pertence, mas a que pertencemos, e tornamo-nos escravos das nossas próprias ações, perdendo a noção daquilo que é coletivo e nos conduzindo à frustração devido à ausência de humildade para encarar as mudanças da forma como elas devem acontecer. Estaremos eternamente vinculados à noção de que a mudança é a única coisa que é permanente. Isto é verdade desde a Grécia Antiga. Essa perenidade deve ser entendida como um processo de crescimento, de aprimoramento pessoal, onde vemos que não podemos querer algo maior que nossa própria vida. As instituições não podem ser vistas como propriedade individual, mas vistas como de interesse coletivo.
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A Ordem DeMolay no estado de Sergipe, atualmente, passa por um processo de mudança sem precedentes. Deixa para trás quinze anos de entrave. Não quero aqui afirmar que não houve êxitos nestes longos anos, porém sem dúvidas há que se ponderar acerca da forte necessidade de mudança à qual o Capítulo Sergipe D’el Rey necessitava para que pudessem os DeMolays andarem com suas próprias pernas, ou seja, passarem a ser atores protagonistas do processo de crescimento institucional como um todo, e não apenas permanecer durante anos vendo os fatos serem decididos do Oriente, sendo as ordens atendidas da mesma forma que captamos os raios solares: involuntariamente, sem ponderações, com imposições.
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O início desse incipiente avanço se deu quando da fundação e instalação do Capítulo DeMolay na cidade de Canindé, que foi um fato sem dúvidas marcará uma nova rotulação na Ordem DeMolay no estado de Sergipe. Outro fato muito importante será a criação do Grande Conselho Estadual e da Ordem de Cavalaria também mostram a tamanha força que a ordem está tomando em nosso estado.
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As noções de humildade, cortesia, fidelidade, dentro outros milhares de sentimentos que fazem dos jovens futuros grandes homens devem servir como exemplos para estes e devem estar contidas nos homens de fato. Não se admite a confusão entre o pessoal e coletivo quando se trata de algo bem maior que estes. Na conjuntura atual, nós DeMolays mais do que nunca devemos iniciar um processo de percepção de forças. Devemos incutir em nossas mentes que a Ordem DeMolay é feito por nós e para nós DeMolays. A força está dentro de nós e cabe a nós usa-la em nosso favor.
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"Se cada um de nós sendo um DeMolay, trouxer dentro de nosso coração uma chama, um facho para nos guiar através da escuridão. Se pudermos fazer esta luz brilhar sobre outra pessoa, se pudermos fazê-la penetrar nas profundezas mais recônditas de nossa alma e acender a chama que ali está, então aí reside a finalidade de ser DeMolay, ali está a nossa finalidade de viver" (Cerimônia das Luzes).

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Cortadora de Pickles


Um sujeito trabalhava há anos numa fábrica de conservas e um dia, confessou à mulher que estava possuído por um terrível desejo: a vontade incontrolável de colocar o pênis na cortadora de pickles.
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Espantada, a mulher sugeriu que ele procurasse um psicólogo, e o marido prometeu que iria pensar no assunto. O tempo foi passando, até que um certo dia, ele chegou a casa cabisbaixo, profundamente abatido:
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- "O que aconteceu amor?"
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- "Lembra do meu desejo de enfiar o pênis na cortadora de pickles?"
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- "Oh não!" - gritou a mulher -"Fizeste isso?!?"
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- "Sim fiz!"
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- "Meu Deus, o que aconteceu?"
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- "Fui despedido..."
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- "Mas, e... e.... e... a cortadora de pickles ...?"
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- "Aahh, a Manuela? Também foi!"

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Velhos tempos da Amy ainda sem Tatuagens ...

Stronger Than Me live at Jool Holland ... simplesmente demais ...

terça-feira, 15 de julho de 2008

Pense Verde Com Todas as Cores


A base do sistema de produção atual necessita urgentemente de uma nova formulação. A noção de desenvolvimento sustentável tem tomado novas faces, onde o homem está deixando de ser o visto como o centro de todos os problemas e se inserindo no processo ambiental como vítima de uma “crise civilizatória” onde as leis que regem o sistema financeiro falam mais alto, como que num movimento devastador que tolhe a aniquila tanto o que é verde como o que é indivíduo.

Olhando para trás, vejo como a caminhada ambiental até a atualidade veio mudando a cara do meio ambiente, revelando uma crise sem precedentes nas sucessivas revoluções as quais o homem tem passado.

“A velha noção antropomórfica de que todo o universo se centraliza no homem – de que a existência humana é a suprema expressão do processo cósmico – parece galopar alegremente para o balaio das ilusões perdidas”.

Essas ilustres palavras, escritas por Henry L. Mencken, citadas no Livro dos Insultos, revela o futuro drástico fim da nossa civilização caso o homem não enxergue que o processo de desenvolvimento ao qual estamos nos submetendo, na verdade trata-se de um “DES ENVOLVIMENTO”, onde todos procuram ao máximo esquivar-se das responsabilidades sócio-ambientais, visando apenas a acumulação de capital, em detrimento do NOSSO FUTURO COMUM.

Precisamos rever nossas ações. Diminuir o consumo desenfreado, os desmatamentos, as emissões de gases na atmosfera, os lançamentos de resíduos nos corpos hídricos, viver a educação ambiental, dentre outras ações que norteiem nosso comportamento visando o bem-estar de todos, conforme preconiza a principal regra de convivência: o bom senso.

“... a Terra tem o suficiente para todos. Mas somente o suficiente”. (Gandhi).

Vamos juntos criar um meio-ambiente mais justo e sustentável. Pense verde com todas as cores.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Minhas Memórias


Vamos vivendo... juntando os anos, mês, dias, horas, minutos e os segundos na grande estante de memórias... Quanto mais velhos ficamos, mais ficamos nos relembrando dos bons momentos, das aventuras e dos momentos de emoção.
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Toca uma música e lá vem uma enxurrada de memórias. Você lembra-se de um livro, um quarto de hotel e algum tempo remoto da sua vida e quando calcula o tempo, já se passaram mais de 5 ou 10 anos. Pois é !!! O tempo voa...
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A vida é feita de pequenos momentos gravados em nossa memória. Precisamos deles para acreditar que a nossa vida teve um certo valor e ainda o terá. Precisamos acreditar e até confirmar que realmente existimos e a nossa memória deve existir para isso.
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Também é nossa memória que nos faz aprender ou pelo menos relembrar nossas pisadas de bola, aquelas que NÃO gostaríamos de lembrar, somente gostaríamos de esquecer, mas a memória também está ai para isso... para nos lembrar e sempre relembrar que NÃO devemos mais fazer novamente.
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São momentos gostosos e emocionantes que sempre procuro colecionar. O resto está lá também, mas NÃO fico relembrando de todos os momentos ruins. A vida tem que ser gostosa de viver, portanto não há motivos para ficar lembrando de fatos ruins. O chato é que tem gente que faz isso, acho que deve até ter o prazer de se torturar, lembrando de uma certa traição, sacanagem ou qualquer coisa que não vale a pena lembrar, mas essas pessoas amargas vivem assim. Eu comparo como, aquela pessoa que tem um sapato apertado, mas não larga dele ou ainda, coloca alguma pedra para aumentar a dor.
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Minhas memórias estão lá, prontas para serem recuperadas... ou quase prontas, porque algumas eu procuro lembrar e NÃO lembro, mesmo quando pessoas dizem que fiz, falei ou vivenciei algumas partes. Lembro de algumas coisas um tanto embasadas, mas nada que isso.
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Infelizmente gostaríamos que a realidade do filme Paycheck fosse verdade, onde um cara muito bom em engenharia reversa, é contratado para fazer grandes coisas e depois apagam a memória dele junto com o pagamento. O cara NÃO lembra de nada mesmo. Quem é que não tem memórias que gostaria de deletar? Algum momento ruim ou ainda um bom pedaço da nossa vida?
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Somos o resultado de nossas memórias Nossas atitudes do hoje, são resultado do que vivemos e concluímos a cada momento. Todas as conclusões são acrescentadas no grande banco de dados de nossas ações futuras, onde procuraremos de forma consciente ou não continuar vivendo.
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Tenho memórias e a todo momento estou relembrando. Não que eu queira sempre, penso que deve ser a minha capacidade de observar os detalhes e com isso fazer comparações. Basta ouvir um som, um cheiro e pronto, já tenho muitas memórias vinculadas e com isso, mais conclusões, também.
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Vivo com elas... E você? Não sou uma pessoa para dizer que tive uma vida excitante ao ponto de querer escrever um livro com minhas memórias. Não mesmo, mas eu vivo com todas elas. Me orgulho da vida que eu tive até agora e sei que continuarei orgulhando do que eu faço, vivo e procuro ser.
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A cada novo passo de minha vida, estou sempre relembrando e as vezes inconscientemente procurando referências nas minhas memórias. Não faço comparações, mas elas sempre aparecem de forma automática e instantânea. Estou indo ao uma reunião de trabalho... Boom!!!... sou bombardeado por memórias de milhares de encontros parecidos, com memórias frutos do desejo de algo, enfim, com inúmeras memórias que passam incessantemente como filmes perenes em minha mente.
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Procuro viver com essa forma de relembrar e penso que todas as pessoas têm as suas também. O relembrar pode também trazer um certo grau de dor, tristeza, quando nos lembramos de fatos ruins no passado, como relacionamentos passados, negócios errados, acidentes etc. Não podemos nos deixar tomar pelo pavor e deixar de viver. Nenhum dia é igual ao outro, todos são diferentes e mesmo que seja parecido, podemos mudar o resultado final. SEMPRE poderemos.
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Em minhas últimas memórias ando relembrado de muitos bons momentos que tive recentemente e que algo parece encaminhá-los ao “cessar”. Relembro sempre, também, de momentos de quando eu morava em Paulo Afonso, na Bahia, quando eu com 15 anos já tinha responsabilidades de pais de filhos nessa idade.
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Agora está tocando a música CHILDREN, do álbum Solaris I, que me lembrou de vários momentos de quando eu era criança. Que tempo bom. Sem preocupações do dia-a-dia. Vida boa, quando eu ia com meus amigos brincar na porta jogando bola, correr, ser feliz ao vento.
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Cada memória que eu lembro me faz sentir mais forte e bem vivido. Cada boa memória me dá a certeza que tudo foi válido e que vale continuar firme e forte para o desconhecido futuro. Pode ser um sorriso, o soprar do vento, o cheiro do papel do livro ou mesmo o som da chuva caindo neste momento. São minhas memórias que me fazem ser o que sou, por isso, não posso viver ou querer viver sem elas.

domingo, 13 de julho de 2008


A Beleza (La Beauté - Baudelaire)
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Sou bela, ó mortais, um sonho de cristal,
E meu seio onde todos imploram favor
Nasceu para inspirar ao poeta um amor
Assim como a matéria, mudo e imortal.
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Indecifrada esfinge, ao azul subi;
Neve no coração, a brancura é minha;
Odeio o movimento que desfaz a linha,
Sou a que nunca chora, a que nunca ri.
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O poeta, diante do meu ar severo
De estátua altiva sobre o pedestal,
Consumirá seus dias em estudo austero;
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Tenho para encantar este amante leal
Um espelho que faz cada coisa mais terna:
Meu olhar, puro olhar de claridade eterna.

Do not fear what may happen tomorrow. The same loving Father who cares for you today will care for you tomorrow and every day. Either He will shield you from suffering or He will give you unfailing strength to bear it. Be at peace then, and put aside all anxious thoughts and fearful imaginings. Trust in the Giver of all good gifts. Amen.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

A Explicação



Autor: Luís Fernando Veríssimo
Fonte:
O Estado de São Paulo, 10/08/2000
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Uma vez escrevi sobre a informatização no espiritismo – tinha lido em algum lugar que os computadores substituiriam os médiuns – e, como esperava, recebi algumas cartas de protesto contra o comentário, considerado desrespeitoso.
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Está certo, deve-se respeitar a crença dos outros. Talvez a descrença seja apenas uma falta de imaginação. São tantas, tão variadas e tão literariamente atraentes as explicações metafísicas sobre o que, afinal, nós estamos fazendo neste mundo e o que nos espera no outro que não crer em nada, longe de ser uma atitude racional e superior, é uma forma de burrice.
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De não saber o que se está perdendo. O negócio é ser pós-moderno e desistir conscientemente do racionalismo, pois, se as explicações finais são tão impossíveis quanto as utopias – e a própria física, quanto mais descobre sobre o mundo, mais perplexa fica –, então o negócio é voltar à mágica e ao deslumbramento primitivo, que são muito mais divertidos.
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É verdade que eu sempre achei a explicação de que não há explicação nenhuma, ou pelo menos nenhuma que o cérebro humano entenderia, a mais fantástica de todas, mas reconheço que é um sumidouro. Não a recomendo. Toda a força, portanto, à imaginação, a todas as escatologias, a todas as seitas e a todos os santos. Tudo se resume naquela música – ou é apenas uma frase? – do John Lennon, Whatever Gets You Through The Night. O que ajudar você a atravessar a noite, está certo. É difícil lidar com toda essa herança que a gente recebe junto com um corpo e uma mente, uma vida finita num universo infinito, sem nem um manual de instrução. No escuro, todas as respostas são válidas, todas as crenças são respeitáveis.
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Eu, por exemplo, estou desenvolvendo a tese de que a explicação de tudo está na alcachofra. Ainda não sei bem onde isto vai me levar, mas sinto que estou perto de uma revelação. Deus é uma alcachofra. Quando desenvolver melhor a idéia, volto ao assunto.

terça-feira, 8 de julho de 2008


Gravado em apenas seis dias, entre setembro de 1980 e março de 1981, Ella abraça Jobim é um álbum fundamental na Cdteca dos verdadeiros amantes do estilo. Lançado originalmente em 1981, como álbum duplo em vinil, o repertório traz 17 clássicos de Tom Jobim, em que a diva Ella Fitzgerald é acompanhada pelo violonista Oscar Castro Neves, o percussionista, também brasileiro, Paulinho da Costa, além do guitarrista norte-americano Paul Jackson, o baixista mexicano Abraham Laboriel e o baterista peruano Alex Acuna, com produção musical de Norman Granz. Destaques para "The Girl From Ipanema" e "This Love That I´ve Found". Confira!
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1. Somewhere in the Hills (Favela)
2. The Girl From Ipanema (Garota de Ipanema)
3. Dindi (Album Version)
4. Off Key (Desafinado)
5. Water to Drink (Água de Beber)
6. Dreamer (Vivo Sonhando)
7. Quiet Nights of Quiet Stars (Corcovado)
8. Bonita
9. One Note Samba (Samba de uma Nota Só)
10. Triste (Album Version)
11. How Insensitive (Insensatez)
12. She´s a Carioca (Ela é Carioca)
13. This Love That I´ve Found
14. A Felicidade
15. Wave
16. Song of the Jet (Samba do Avião)
17. Photograph (Fotografia)
18. Useless Landscape (Inútil Paisagem)
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sábado, 28 de junho de 2008

"Quem Inventou o Amor" é o título deste belo álbum de Nana Caymmi, com a produção de José Milton. São 14 faixas incluindo regravações de sambas compostos pelo pai da cantora, Dorival Caymmi.
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01. Neu Eu
02. Nesta Rua Tão Deserta
03. Sábado em Copacabana
04. Você Não Sabe Amar
05. Nunca Mais
06. Só Louco
07. Não Tem Solução
08. Horas
09. Tão Só
10. Desde Ontem
11. Valerá a Pena
12. Adeus
13. Saudade
14. Eu Sem Maria
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sexta-feira, 27 de junho de 2008

"... estou me a vir
e tu, o que é que te tens por dentro?
por que não te vens também? ..."

sábado, 14 de junho de 2008

A Esfinge



A Esfinge é um monumento rupestre, maciço. Curiosos e ambiciosos vararam-lhe a cabeça, buscando, em vão, supostos tesouros. Seu tamanho é de mais ou menos 20 metros de altura por 60 de comprimento. A partir de 1925, o governo egípcio mandou remover as areias que cobriam boa parte da Esfinge. Assim, o monumento surgiu quase que por inteiro. Entre as patas de leão há uma capela, na qual se encontram inscrições. Muito discutida é a questão de se saber quando e quem mandou esculpir a Esfinge. Para alguns ela foi atribuída a Quéops, e seu rosto representaria esse faraó. Dizem outros que a Esfinge representa o deus solar Hamarquis, numa forma a qual ele havia se convertido, conforme uma lenda. As inscrições encontradas foram atribuídas a Ramsés II ou a Tutmosis, e sua tradução não deixa dúvidas de que se tratava de um grande símbolo, a servir de guarda do reino dos mortos e de um templo próximo que se encontra em ruínas. Tais são as inscrições, muito posteriores à escultura:
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"Protejo teu templo e a tua sepultura. Guardo tua câmara tumular. Afasto o intruso estrangeiro. Sepulto-o com suas próprias armas. Expulso o iníquo para longe do teu templo e do teu túmulo. Destrurei teus adversários com obstáculos, de modo que jamais possam voltar."
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Simbólica e maçonicamente, esfinge deve ser interpretada como a representação do Cobridor (Guarda do Templo, equivalente ao Sentinela, no Capítulo DeMolay), o número dez, a ligação entre o mundo profano e o templo, e o mistério.
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Fonte: ARDITO, João Antônio. Maçonaria: Lenda, Mistérios e Filosofia Iniciática. Ed. Madras

domingo, 1 de junho de 2008



DeMolay é uma organização dedicada a preparar jovens homens a levarem um vida mais próspera, feliz e produtiva. Sob o aconselhamento de adultos; liderança hábil, cidadania consciente, responsabilidade e desenvolvimento do caráter são aprendidos através de uma variedade de caminhos, um mundo real de aplicações e atividades. DeMolay constrói confiança; ensina a responsabilidade, cooperação e serviços comunitários; e fortalece a confiança, o respeito, o companheirismo, o patriotismo, a reverência e a compaixão.
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DeMolay abre suas portas para jovens homens com idade entre 12 e 21 anos desenvolvendo a consciência cívica, responsabilidade pessoal e habilidades de liderança tão necessárias hoje à sociedade. DeMolay combina esta séria missão com um companheirismo que constrói laços importantes de amizade entre seus associados em mais de 1.200 capítulos espalhados pelo mundo. Mais de um milhão de jovens são membro da Ordem DeMolay. A Associação Alumni (Associação de Seniors DeMolay) inclui membros como John Wayne, Walt Disney, Bill Clinton e muitos outros. No Brasil, a DeMolay apesar de estar com apenas 25 anos de instalação, também já produziu diversos líderes se destacando como líderes políticos, comunitários,
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A Ordem DeMolay foi trazida para o Brasil pelo Tio Alberto Mansur que no dia 16 de agosto de 1980 fundou e instalou o Capítulo "Rio de Janeiro nº01, o Matter da América do Sul com a Iniciação de 63 jovens.
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Em 2004 a autorização para administrar e representar a Ordem DeMolay no Brasil foi concedida ao Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, tendo como seu primeiro Grande Mestre o Tio Kalil Chater.Se deseja mais informações entre em contato com a DeMolay Brasil.

sexta-feira, 2 de maio de 2008


A carta da Temperança lhe aconselha a observar muito bem esta fase, pois, graças a algumas situações inesperadas, você chegará à conclusão de que é chegado o momento de analisar suas delimitações físicas, emocionais e afetivas. Ciente disso, você deverá manter a moderação em tudo o que planejar, observando os limites, que não serão obstáculos, mas são a chave para o desenvolvimento e o seu triunfo. Quando você estiver diante dessas dificuldades aparentemente ilimitadas, supondo não conseguir fazer nada, cuidado para não dispersar. O primeiro passo deverá ser a manutenção da paciência. Aí sim, você poderá pensar em realizar algo de concreto. O Nove de Copas sugere que você seja realista, mas isso não significa que deverá deixar de sonhar. Significa ter os pés no chão, sabendo perfeitamente para onde quer ir e o que lhe é viável neste momento. Persistindo nessas bases realistas, você terá êxito naquilo que deseja, começando por uma confirmação de realização afetiva e material. Portanto, aproveite este momento. Sua alma pede isto.
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[tarô maio/08]

terça-feira, 15 de abril de 2008




"NO DIA QUE O ÚLTIMO PEIXE FOR MORTO, O ÚLTIMO ANIMAL FOR ABATIDO E A ÚLTIMA ÁRVORE FOR CORTADA, O HOMEM SABERÁ QUE DINHEIRO NÃO SE COME"
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Ao longo da história o processo de desenvolvimento adotado pelo homem vem devastando de forma arrasadora o meio ambiente. Desde a Revolução Industrial, o homem vem cada vez mais intensificando o adensamento, principalmente nas cidades, o que tem acarretado, no decorrer dos anos, um processo de destruição da biota, pois toda atividade humana gera impactos ambientais. Um dos problemas do mundo contemporâneo está na quantidade de impactos provocados pela busca contínua do lucro a qualquer preço e na impossibilidade da natureza de repor os insumos necessários à produção capitalista. As conseqüências do rápido crescimento da população mundial no século passado e a sua concentração em grandes zonas já são evidentes em várias partes do mundo.
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Problemas como a escassez e a falta de água, aumento na geração de resíduos sólidos, consumo e contaminação das águas, desmatamento, extinção de espécies pela caça predatória, emissão de gases no ar, alto consumo de energia e alimentos, ruído excessivo, poluição visual, verticalização das cidades gera grandes prejuízos de ordem social, econômica e ambiental, causando conseqüências desastrosas e prejuízos irreparáveis ao meio ambiente e, conseqüentemente, para o bem estar de todos os indivíduos. A concentração populacional gera demandas específicas, como o abastecimento de água, o controle da poluição e da ocupação de áreas de risco, a implantação de saneamento básico e a destinação dos resíduos sólidos.
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É necessário que a humanidade crie uma consciência ecológica, pois desta forma será notada a profundidade e a vastidão extraordinárias que os problemas ambientais denotam. Deve-se confrontar, ao mesmo tempo, o problema da vida no planeta Terra, o problema da sociedade moderna e o problema do destino do Homem. Somente dessa forma, a humanidade será obrigada a repor em questão a própria orientação da civilização. No terceiro milênio, é preciso compreender que revolucionar, desenvolver, inventar, sobreviver, viver, morrer, anda tudo inseparavelmente ligado. A construção do padrão de desenvolvimento a que o mundo aspira deve estar norteada pela noção de crescimento econômico que não perca de vista a preocupação com o equilíbrio ambiental e com a justiça social.
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SEJAMOS MAIS CONSCIENTES! PRESERVEMOS O NOSSO MEIO AMBIENTE!

domingo, 6 de abril de 2008


Coragem
(Carlos André Tavares Ramos)
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Diz uma antiga lenda que um camundongo vivia angustiado com medo do gato. Um mágico teve pena dele e tranformou-o num gato. Mas aí ele ficou com medo do cão... Por isso o mágico transformou numa pantera. Então ele começou a temer os caçadores. A essa altura o mágico desistiu e transformou-o em camundongo novamente e disse:- Nada que eu faça por você vai ajudá-lo porque você tem apenas a coragem de um camundongo. É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto. Mas saiba que coragem não é a ausência do medo e sim a capacidade de avançar apesar do medo. Caminhar para frente, enfrentar adversidades vencendo os medos... É isso que devemos fazer. Não podemos nos derrotar, nos entregar por causa dos medos.

sexta-feira, 4 de abril de 2008



O LUGAR DO HOMEM NA NATUREZA (Retirado do Livro dos Insultos)
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A velha noção antropomórfica de que todo o universo se centraliza no homem – de que a existência humana é a suprema expressão do processo cósmico – parece galopar alegremente para o balaio das ilusões perdidas. O fato é que a vida do homem, quanto mais estudada à luz da biologia geral, parece cada vez mais vazia de significado. O que, no passado, deu a impressão de ser a principal preocupação e obra-prima dos deuses, a espécie humana começa agora a apresentar o aspecto de um subproduto acidental das maquinações vastas, inescrutáveis e provavelmente sem sentido desses mesmos deuses.O único efeito prático da se ter uma alma é o que ela infla o homem com vaidades antropomórficas e antropocêntricas – em suma, com superstições arrogantes e presunçosas. Ele se empertiga e se empluma só porque tem alma – e subestima o fato de que ela não funciona. Assim, ele é o supremo palhaço da criação, o reductio ad absurdum da natureza animada. Não passa de uma vaca que acredita dar um pulo à Lua e organiza toda a sua vida sobre esta teoria. É como um sapo que se gaba de combater contra leões, voar sobre o Matterhorn ou atravessar o Helesponto. No entanto, é esta pobre besta que somos obrigados a venerar como uma pedra preciosa na testa do cosmos. É o verme que somos convidados a defender como o favorito de Deus na Terra, com todos os seus milhões de quadrúpedes muito mais bravos, nobres e decentes – seus soberbos leões, seus ágeis e galantes leopardos, seus imperiais elefantes, seus fiéis cães, seus corajosos ratos. O homem é o inseto a que nos imploram, depois de infinitos problemas, trabalho e despesas, a reproduzir.
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P.S. O texto não é meu e a minha opinião não foi expressa. Meu papel aqui é, dentro da neutralidade aparente, criar um ambiente onde os visitantes possam exercitar seus sensos críticos. Só quero criar polêmica.

terça-feira, 1 de abril de 2008


De todas as características que são vulgares na natureza humana a inveja é a mais desgraçada; o invejoso não só deseja provocar o infortúnio e o provoca sempre que o pode fazer impunemente, como também se torna infeliz por causa da sua inveja. Em vez de sentir prazer com o que possui, sofre com o que os outros têm. Se puder, priva os outros das suas vantagens, o que para ele é tão desejável como assegurar as mesmas vantagens para si próprio. Se uma tal paixão toma proporções desmedidas, torna-se fatal a todo o mérito e mesmo ao exercício do talento mais excepcional.
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Por que é que o médico deve ir ver os seus doentes de automóvel quando o operário vai para o seu trabalho a pé? Por que é que o investigador científico pode passar os dias num quarto aquecido, quando os outros têm de expor-se à inclemência dos elementos? Por que é que um homem que possui algum talento raro de grande importância para o mundo deve ser dispensado do penoso trabalho doméstico? Para tais perguntas a inveja não encontra resposta.
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Afortunadamente, porém, há na natureza humana um sentimento compensador, chamado admiração. Todos os que desejm aumentar a felicidade humana devem procurar aumentar a admiração e diminuir a inveja.
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Palavras de Bertrand Russell, in "A Conquista da Felicidade"

segunda-feira, 31 de março de 2008

John William Coltrane (Hamlet, 23 de Setembro de 1926 — Nova Iorque, 17 de Julho de 1967) foi um saxofonista e compositor de jazz norte-americano, tendo atuado principalmente durante as décadas de cinquenta e sessenta. Comumente considearado pela crítica especializada como o maior sax tenor do Jazz e um dos maiores jazzistas e compositor deste gênero de todos os tempos. Sua influência no mundo da música ultrapassa os limites do Jazz, indo desde o Rock até a Música Erudita.
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Edward Kennedy "Duke" Ellington (Washington, 29 de Abril de 1899 — Nova Iorque, 24 de Maio de 1974) foi um compositor de jazz, pianista e líder de orquestra estadunidense eternizado com a alcunha de "The Duke" e distinguido com a Presidential Medal of Freedom (condecoração americana) em 1969 e com a Legião de Honra (condecoração francesa) em 1973, sendo ambas as distinções as mais elevadas que um civil pode receber. Foi ainda o primeiro músico de jazz a entrar para a Academia Real de Música de Estocolmo, e foi honoris causa nas mais importantes universidades do mundo. A música de Duke Ellington foi uma das maiores influências no jazz desde a década de 1920 até à de 1960. Ainda hoje suas obras têm influência apreciável e é, por isso, considerado o maior compositor de jazz americano de todos os tempos.
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Neste álbum, a presento a vocês um CD onde os dois maiores jazzistas da história estão juntos. Sem dúvidas, este é um dos melhores CDs de Jazz que já ouvi.
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Tracklist
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1. In a Sentimental Mood
2. Take the Coltrane
3. Big Nick
4. Stevie
5. My Little Brown Book
6. Angelica
7. The Feeling of Jazz
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sexta-feira, 28 de março de 2008


Hoje quero fazer uma indicação musical. Quero indicar uma figura, um mito do jazz fusion. Um dos mais ilustre músicos da história do jazz. Estou falando de Chick Corea.
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O álbum na verdade não se trata de uma obra somente deste músico. Like Minds é um álbum que foi lançado no ano de 1998 pelo vibrafonista Gary Burton com Chick Corea, Pat Metheny Roy Haynes e Dave Holland. O álbum ganhou o Grammy em 1999 pelo Melhor Álbum de Jazz com Performance Instrumental, Individual ou em Grupo. Neste CD, Gary Burton montou sua "Banda dos Sonhos".
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Faixas
1. "Question and Answer" (Metheny) – 6:24
2. "Elucidation" (Metheny) – 5:21
3. "Windows" (Corea) – 6:17
4. "Futures" (Corea) – 10:41
5. "Like Minds" (Burton) – 5:50
6. "Country Roads" (Burton) – 6:26
7. "Tears of Rain" (Metheny) – 6:33
8. "Soon" (Gershwin) – 6:24
9. "For a Thousand Years" (Metheny) – 5:23
10. "Straight Up and Down" (Corea) – 9:02
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Músicos
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quarta-feira, 26 de março de 2008


Eu sou uma comédia, aliás, minha vida é uma comédia. Só encontro pessoas complicadas. Espero ter mais sorte no futuro ... hahahaha ....
Quero viver intensamente os meus momentos.
Quero sentir o sopro da vida nos meus ouvidos ... Enfim ...
"Viver é...fazer um pouquinho todo dia;
Viver é...aprender a amar entre trancos e barrancos;
Viver é...tropeçar e cair, levantar, sacudir a poeira e prosseguir;
Viver é...encarar os outros para vencer o eu;
Viver é...aprender a sofrer agradecendo ao descobrir que muita gente sofre mais;
Viver é...vivenciar aprendendo ou não;
Viver é...repetir o ano e refazer a lição que não se aprendeu direito;
Viver é..."ralar" o ego para aprender a despir a alma;
Viver é...caminhar em direção ao universo;
Viver é...voltar para casa devagar;
Viver é...lutar para conquistar um centímetro de evolução;
Viver é fazer força para não transformar a dor necessária em sofrimento evitável;
Viver é...aprender a valorizar a vidapraticando sempre o agradececimento;
Viver é...uma oportunidade evolutiva, uma bênção para caminhar;
Viver é...aprender compaixão, com oportunidade de estender as mãos a outras tão sofredoras quanto nós, mas ainda assim agir e ajudar;
Viver é...aprender a praticar o otimismo, mesmo quando tudo parece ir mal."

terça-feira, 25 de março de 2008

TRABALHO x EMPREGO x DIGNIDADE

De acordo com o Aurélio, de forma geral, trabalho consiste na aplicação das forças humanas para alcançar determinado fim. É também entendido como a atividade coordenada, de caráter físico e/ou intelectual, necessária à realização de qualquer tarefa, serviço ou empreendimento. Emprego é seu sinônimo. A noção de emprego assemelha-se a um conjunto onde o subconjunto é o trabalho. É a maneira de prover a subsistência mediante ordenado, salário ou outra remuneração a que se faz jus pelo trabalho regular em determinado serviço (Aurélio, 2004). Dignidade, também segundo este renomado dicionário, nada mais é do que respeito a si mesmo, amor-próprio, decoro, decência.

Pois bem. Desde a Primeira Revolução Industrial que o homem vem sendo transformado em mero objeto executor de trabalho, obtendo um emprego para que tenha dignidade perante a sociedade. O trabalho é pressuposto de dignidade, já que quem não trabalha ou não ganha sua vida com trabalho honesto, não é digno. Em seu livro A Conduta para a Vida, Ralph Waldo Emerson ensina que ao se introduzir um homem num ambiente novo, a primeira pergunta que surge é como ele ganha a vida, pois enquanto ele não ganhar a sua subsistência honestamente, não será verdadeiramente homem. Dessa forma, inquiro-me frequentemente quanto ao entendimento e legitimidade dessa “compra de dignidade”. Ora, somente é digno aquele que trabalha e que se mantém. Sendo assim, impreterivelmente eu digo que trabalho, mas nem de longe meu trabalho me oferece condições sustentáveis para que eu possa adquirir minha liberdade. Portanto, nessa lógica, não tenho dignidade. Várias perguntas podem surgir, mas para todas estas eu tenho uma simples resposta: a culpa é do empresário.

Particularmente em Sergipe, província na qual atualmente, e espero que provisoriamente, resido, não considero que haja empresários. Há comerciantes que se valem da força de trabalho em excesso e da necessidade das pessoas de obterem seus próprios sustentos para explorá-las. Essa visão somente poderia advir de pessoas retrógradas e que não vêem seus funcionários como colaboradores, mas como escravos, pagando um mínimo, mas cobrado o máximo, criando e mantendo um círculo vicioso que destrói por completo a auto-estima de qualquer indivíduo que tenha o mínimo de discernimento, qualidade esta que é evitada. Aqui se necessita não de pessoas que sejam hábeis e preparadas, mas de pessoas que apenas sejam NECESSITADAS.

Com isso cria-se uma prisão que deriva da relação NECESSIDADE-TRABALHO. Recentemente, em conversa com meu pai, que não tem chefe, me foi relatado que certa vez um amigo dele, que é empresário, afirmou que não paga bem aos seus funcionários por um simples motivo: os mantém presos. Como presos? Segundo ele, ganhando pouco, eles não terão como guardar dinheiro e, eventualmente, com a poupança, não poderão pedir demissão e usufruir da economia enquanto não encontra algo melhor para fazer. É com essa visão que o meio em que vivo impulsiona a economia.

Não vejo dignidade, não vejo decoro, decência na vida comercial e econômica da minha região. A cultura escravista ainda ronda os pensamentos das oligarquias que aqui nos sugam. O proletário nunca será visto com dignidade por nenhum empresário, principalmente se for de Aracaju.

Pra finalizar, quero tornar público, como forma de protesto, o meu pedido de DEMISSÃO VOLUNTÁRIA da empresa em que trabalho. Faço isso em homenagem a todos aqueles que infelizmente não têm condições de fazê-lo.

Ainda acredito que o trabalho dignifica o homem.