quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
O Número 9
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Meninas Tímidas
domingo, 21 de dezembro de 2008
8 Dicas Para Salvar o Mundo
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Ainda não conheço o preço de ser diferente. Mas sinto que se houver cobrança, está será por parte de mim. Ou não. Sinceramente não sei. É aquela velha confusão. Aquele velho lema de procurar as coisas onde elas provavelmente não estão. Não tenho nada a esconder. Nada a declarar. No nada me perco, por nada poder fazer face o que é feito. Essa natureza heterogênea que de hétero só possui a semântica. Conceitos turvos, para visões turvas, onde a eterna procura se encontra no trauma da desorientação.
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Como sempre, nos perdemos nos conceitos, pois conceitos são apenas conceitos. Nada mais. O que considero válidos são os princípios. Isso sim. Princípios realmente valem. Mas será o princípio o valor do homo que recai no diferente?
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É uma pena que a noção do igual gere uma relação de diferença.
domingo, 14 de dezembro de 2008
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A mesma mão que redigiu este texto, na foto, aponta para o futuro.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
domingo, 9 de novembro de 2008
CRÔNICAS BRASILEIRAS
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(texto publicado no site da Agência Repórter Social)
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Ode aos Ratos
terça-feira, 4 de novembro de 2008
HUMANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE
O direito à saúde é garantia constitucional. Entretanto, além de amparo legal, o homem necessita de amparo humano nas relações em que participa. O direito regulamentado perde, em parte, sua eficácia, quando seus provedores não levam em conta o caráter subjetivo e psicológico nas várias formas de contato entre as pessoas.
A palavra “humanizar” remete à noção de trazer para o universo humano tudo aquilo que a ele está alheio. É necessário que se crie a visão de que o paciente se confunde com a doença e vice-versa, pois aquela está contida neste, influindo social, emocional e fisicamente. Há uma interação tanto interna como externa do indivíduo em relação à doença.
Dessa forma, os serviços cujos objetivos são o tratamento do doente e da doença devem levar em conta os aspectos acima mencionados, já que somente há serviço de saúde se houver pacientes, o que se desdobra na participação da influência humana em ambos os papéis desempenhados pelo indivíduo, tanto ao prestar o serviço, quanto ao utilizá-lo.
O serviço público deve ser prestado de forma universal, integral e digna. Esta dignidade é a fonte humanizadora na prestação do serviço. Somente através da sensibilização e internalização das noções de humanização, é que os serviços públicos serão prestados de maneira integral, pois irão além da mera análise do outro como objeto de tratamento, passando a enxergá-lo como ser pensante, sensitivo, e não apenas portador de uma enfermidade.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
"Pai e Senhor, poderoso e inefável, que vindes no carro rolante de fogo purpúreo, e sem descanso, rompendo os tempos, os planetas, os cometas, os mundos; Senhor dominador dos campos, das searas fartas e das terras queimadas, taladas, desprovidas; senhor do vosso trono tão alto, de onde tudo e todos escapar-vos não podem, de onde ouvidos imensos ouvem o bramir das feras, o choro das crianças, as imprecações dos homens maus; senhor consente que a vossa esplendente majestade brilhe sobre a nossa terra, domine o céu distante e as estrelas mais altas. Pai universal, Único, Ubíquo, de mortais e imortais, que um átomo de vossa glória caia sobre a minha alma. Ó forma de todas as formas, último e primeiro número, harmonia e esplendor, esteja sempre conosco."
Trecho de As Clavículas de Salomão
Na primeira hora de Marte, num dia de Lua, do Arcanjo Gabriel, de São Tibúrcio e de São Valeriano.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
domingo, 5 de outubro de 2008
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Voltando à questão da valoração, acho sinceramente que nós cidadãos não valorizamos nosso poder de voto, conceito este (de poder) que é controverso. Como pode ser um poder (se é um poder, subentende-se que tenho controle sobre ele) se somos obrigados a exercê-lo? Como valorizaremos algo que somos obrigados a fazer e que quase sempre não surte o resultado desejado? Estou percebendo que um texto sobre eleição é estruturado com base em perguntas, pois só surgem dúvidas acerca deste tema. Eu, particularmente, não posso falar muito, pois este ano será minha primeira votação. Nunca votei anteriormente.
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Enfim, vou finalizar por aqui por dois motivos:
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1º: Este tema é altamente desmotivador e “desinspirador” e;
2º: Tenho que ir correndo votar, senão cometerei um crime.
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Cada vez mais sei que nada sei!
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Questão de Entendimento
AMAR É SER FEITO DE PALHAÇO !!!
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Ainda contaminado pela falta de inspiração, a esta somou-se outro agente contaminante: a crítica não aceita. Sinto-me frustrado por dizer o que julgo verdade, mas tê-la interpretada como mentira. Como pode?
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Queria que minhas palavras escritas fossem lidas atentamente, para que o impacto da hermenêutica realizada ou não sobre minhas afirmações, fosse ao máximo, positivo. A teoria do meu discurso não é, definitivamente, manipuladora, tendenciosa ou maliciosa. Apenas crítica e analítica.
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Não quero durante minhas manisfestações criar dicotomias entre o que é certo ou que é errado; o que é ético ou amoral; até as ciências exatas evitam o maniqueísmo. Quero apenas fomentar a discussão através desta fantástica mídia que é a internet, meu blog mais especificamente. E, se mantermos este hábito, estaremos ganhando muito, pois não criamos o costume de fazê-lo presencialmente por falta de tempo, de oportunidade ou até mesmo de vontade. Dessa forma, tenho certeza de que estaríamos nos nutrindo epistemologicamente aproveitando este mecanismo virtual de qual aqui dispomos.
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Sendo assim, peço aos meus críticos duas coisas: primeiro, que tenham como objeto da crítica a criação e não o criador; segundo, que não duvidem das minhas faculdades.
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Saudações Fraternas.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Mudar Faz Bem
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A renovação é algo inevitável onde quer que se viva, em qualquer organização onde a valorização e o senso de democracia sejam bens tão preciosos quanto nossas riquezas materiais e espirituais. Porém, muitas vezes confundimos valores e terminamos por criar noções difusas dos valores em relação àquilo que não nos pertence, mas a que pertencemos, e tornamo-nos escravos das nossas próprias ações, perdendo a noção daquilo que é coletivo e nos conduzindo à frustração devido à ausência de humildade para encarar as mudanças da forma como elas devem acontecer. Estaremos eternamente vinculados à noção de que a mudança é a única coisa que é permanente. Isto é verdade desde a Grécia Antiga. Essa perenidade deve ser entendida como um processo de crescimento, de aprimoramento pessoal, onde vemos que não podemos querer algo maior que nossa própria vida. As instituições não podem ser vistas como propriedade individual, mas vistas como de interesse coletivo.
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A Ordem DeMolay no estado de Sergipe, atualmente, passa por um processo de mudança sem precedentes. Deixa para trás quinze anos de entrave. Não quero aqui afirmar que não houve êxitos nestes longos anos, porém sem dúvidas há que se ponderar acerca da forte necessidade de mudança à qual o Capítulo Sergipe D’el Rey necessitava para que pudessem os DeMolays andarem com suas próprias pernas, ou seja, passarem a ser atores protagonistas do processo de crescimento institucional como um todo, e não apenas permanecer durante anos vendo os fatos serem decididos do Oriente, sendo as ordens atendidas da mesma forma que captamos os raios solares: involuntariamente, sem ponderações, com imposições.
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O início desse incipiente avanço se deu quando da fundação e instalação do Capítulo DeMolay na cidade de Canindé, que foi um fato sem dúvidas marcará uma nova rotulação na Ordem DeMolay no estado de Sergipe. Outro fato muito importante será a criação do Grande Conselho Estadual e da Ordem de Cavalaria também mostram a tamanha força que a ordem está tomando em nosso estado.
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As noções de humildade, cortesia, fidelidade, dentro outros milhares de sentimentos que fazem dos jovens futuros grandes homens devem servir como exemplos para estes e devem estar contidas nos homens de fato. Não se admite a confusão entre o pessoal e coletivo quando se trata de algo bem maior que estes. Na conjuntura atual, nós DeMolays mais do que nunca devemos iniciar um processo de percepção de forças. Devemos incutir em nossas mentes que a Ordem DeMolay é feito por nós e para nós DeMolays. A força está dentro de nós e cabe a nós usa-la em nosso favor.
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"Se cada um de nós sendo um DeMolay, trouxer dentro de nosso coração uma chama, um facho para nos guiar através da escuridão. Se pudermos fazer esta luz brilhar sobre outra pessoa, se pudermos fazê-la penetrar nas profundezas mais recônditas de nossa alma e acender a chama que ali está, então aí reside a finalidade de ser DeMolay, ali está a nossa finalidade de viver" (Cerimônia das Luzes).
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Cortadora de Pickles
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Velhos tempos da Amy ainda sem Tatuagens ...
Stronger Than Me live at Jool Holland ... simplesmente demais ...
terça-feira, 15 de julho de 2008
Pense Verde Com Todas as Cores
Olhando para trás, vejo como a caminhada ambiental até a atualidade veio mudando a cara do meio ambiente, revelando uma crise sem precedentes nas sucessivas revoluções as quais o homem tem passado.
“A velha noção antropomórfica de que todo o universo se centraliza no homem – de que a existência humana é a suprema expressão do processo cósmico – parece galopar alegremente para o balaio das ilusões perdidas”.
Essas ilustres palavras, escritas por Henry L. Mencken, citadas no Livro dos Insultos, revela o futuro drástico fim da nossa civilização caso o homem não enxergue que o processo de desenvolvimento ao qual estamos nos submetendo, na verdade trata-se de um “DES ENVOLVIMENTO”, onde todos procuram ao máximo esquivar-se das responsabilidades sócio-ambientais, visando apenas a acumulação de capital, em detrimento do NOSSO FUTURO COMUM.
Precisamos rever nossas ações. Diminuir o consumo desenfreado, os desmatamentos, as emissões de gases na atmosfera, os lançamentos de resíduos nos corpos hídricos, viver a educação ambiental, dentre outras ações que norteiem nosso comportamento visando o bem-estar de todos, conforme preconiza a principal regra de convivência: o bom senso.
“... a Terra tem o suficiente para todos. Mas somente o suficiente”. (Gandhi).
Vamos juntos criar um meio-ambiente mais justo e sustentável. Pense verde com todas as cores.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Minhas Memórias
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domingo, 13 de julho de 2008
Do not fear what may happen tomorrow. The same loving Father who cares for you today will care for you tomorrow and every day. Either He will shield you from suffering or He will give you unfailing strength to bear it. Be at peace then, and put aside all anxious thoughts and fearful imaginings. Trust in the Giver of all good gifts. Amen.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
A Explicação
Está certo, deve-se respeitar a crença dos outros. Talvez a descrença seja apenas uma falta de imaginação. São tantas, tão variadas e tão literariamente atraentes as explicações metafísicas sobre o que, afinal, nós estamos fazendo neste mundo e o que nos espera no outro que não crer em nada, longe de ser uma atitude racional e superior, é uma forma de burrice.
De não saber o que se está perdendo. O negócio é ser pós-moderno e desistir conscientemente do racionalismo, pois, se as explicações finais são tão impossíveis quanto as utopias – e a própria física, quanto mais descobre sobre o mundo, mais perplexa fica –, então o negócio é voltar à mágica e ao deslumbramento primitivo, que são muito mais divertidos.
É verdade que eu sempre achei a explicação de que não há explicação nenhuma, ou pelo menos nenhuma que o cérebro humano entenderia, a mais fantástica de todas, mas reconheço que é um sumidouro. Não a recomendo. Toda a força, portanto, à imaginação, a todas as escatologias, a todas as seitas e a todos os santos. Tudo se resume naquela música – ou é apenas uma frase? – do John Lennon, Whatever Gets You Through The Night. O que ajudar você a atravessar a noite, está certo. É difícil lidar com toda essa herança que a gente recebe junto com um corpo e uma mente, uma vida finita num universo infinito, sem nem um manual de instrução. No escuro, todas as respostas são válidas, todas as crenças são respeitáveis.
Eu, por exemplo, estou desenvolvendo a tese de que a explicação de tudo está na alcachofra. Ainda não sei bem onde isto vai me levar, mas sinto que estou perto de uma revelação. Deus é uma alcachofra. Quando desenvolver melhor a idéia, volto ao assunto.
terça-feira, 8 de julho de 2008
sábado, 28 de junho de 2008
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sábado, 14 de junho de 2008
A Esfinge
domingo, 1 de junho de 2008
DeMolay é uma organização dedicada a preparar jovens homens a levarem um vida mais próspera, feliz e produtiva. Sob o aconselhamento de adultos; liderança hábil, cidadania consciente, responsabilidade e desenvolvimento do caráter são aprendidos através de uma variedade de caminhos, um mundo real de aplicações e atividades. DeMolay constrói confiança; ensina a responsabilidade, cooperação e serviços comunitários; e fortalece a confiança, o respeito, o companheirismo, o patriotismo, a reverência e a compaixão.
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DeMolay abre suas portas para jovens homens com idade entre 12 e 21 anos desenvolvendo a consciência cívica, responsabilidade pessoal e habilidades de liderança tão necessárias hoje à sociedade. DeMolay combina esta séria missão com um companheirismo que constrói laços importantes de amizade entre seus associados em mais de 1.200 capítulos espalhados pelo mundo. Mais de um milhão de jovens são membro da Ordem DeMolay. A Associação Alumni (Associação de Seniors DeMolay) inclui membros como John Wayne, Walt Disney, Bill Clinton e muitos outros. No Brasil, a DeMolay apesar de estar com apenas 25 anos de instalação, também já produziu diversos líderes se destacando como líderes políticos, comunitários,
A Ordem DeMolay foi trazida para o Brasil pelo Tio Alberto Mansur que no dia 16 de agosto de 1980 fundou e instalou o Capítulo "Rio de Janeiro nº01, o Matter da América do Sul com a Iniciação de 63 jovens.
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Em 2004 a autorização para administrar e representar a Ordem DeMolay no Brasil foi concedida ao Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, tendo como seu primeiro Grande Mestre o Tio Kalil Chater.Se deseja mais informações entre em contato com a DeMolay Brasil.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
terça-feira, 15 de abril de 2008
domingo, 6 de abril de 2008
sexta-feira, 4 de abril de 2008
O LUGAR DO HOMEM NA NATUREZA (Retirado do Livro dos Insultos)
terça-feira, 1 de abril de 2008
Por que é que o médico deve ir ver os seus doentes de automóvel quando o operário vai para o seu trabalho a pé? Por que é que o investigador científico pode passar os dias num quarto aquecido, quando os outros têm de expor-se à inclemência dos elementos? Por que é que um homem que possui algum talento raro de grande importância para o mundo deve ser dispensado do penoso trabalho doméstico? Para tais perguntas a inveja não encontra resposta.
segunda-feira, 31 de março de 2008
Edward Kennedy "Duke" Ellington (Washington, 29 de Abril de 1899 — Nova Iorque, 24 de Maio de 1974) foi um compositor de jazz, pianista e líder de orquestra estadunidense eternizado com a alcunha de "The Duke" e distinguido com a Presidential Medal of Freedom (condecoração americana) em 1969 e com a Legião de Honra (condecoração francesa) em 1973, sendo ambas as distinções as mais elevadas que um civil pode receber. Foi ainda o primeiro músico de jazz a entrar para a Academia Real de Música de Estocolmo, e foi honoris causa nas mais importantes universidades do mundo. A música de Duke Ellington foi uma das maiores influências no jazz desde a década de 1920 até à de 1960. Ainda hoje suas obras têm influência apreciável e é, por isso, considerado o maior compositor de jazz americano de todos os tempos.
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sexta-feira, 28 de março de 2008
2. "Elucidation" (Metheny) – 5:21
3. "Windows" (Corea) – 6:17
4. "Futures" (Corea) – 10:41
5. "Like Minds" (Burton) – 5:50
6. "Country Roads" (Burton) – 6:26
7. "Tears of Rain" (Metheny) – 6:33
8. "Soon" (Gershwin) – 6:24
9. "For a Thousand Years" (Metheny) – 5:23
10. "Straight Up and Down" (Corea) – 9:02
quarta-feira, 26 de março de 2008
terça-feira, 25 de março de 2008
TRABALHO x EMPREGO x DIGNIDADE
De acordo com o Aurélio, de forma geral, trabalho consiste na aplicação das forças humanas para alcançar determinado fim. É também entendido como a atividade coordenada, de caráter físico e/ou intelectual, necessária à realização de qualquer tarefa, serviço ou empreendimento. Emprego é seu sinônimo. A noção de emprego assemelha-se a um conjunto onde o subconjunto é o trabalho. É a maneira de prover a subsistência mediante ordenado, salário ou outra remuneração a que se faz jus pelo trabalho regular em determinado serviço (Aurélio, 2004). Dignidade, também segundo este renomado dicionário, nada mais é do que respeito a si mesmo, amor-próprio, decoro, decência.
Pois bem. Desde a Primeira Revolução Industrial que o homem vem sendo transformado em mero objeto executor de trabalho, obtendo um emprego para que tenha dignidade perante a sociedade. O trabalho é pressuposto de dignidade, já que quem não trabalha ou não ganha sua vida com trabalho honesto, não é digno. Em seu livro A Conduta para a Vida, Ralph Waldo Emerson ensina que ao se introduzir um homem num ambiente novo, a primeira pergunta que surge é como ele ganha a vida, pois enquanto ele não ganhar a sua subsistência honestamente, não será verdadeiramente homem. Dessa forma, inquiro-me frequentemente quanto ao entendimento e legitimidade dessa “compra de dignidade”. Ora, somente é digno aquele que trabalha e que se mantém. Sendo assim, impreterivelmente eu digo que trabalho, mas nem de longe meu trabalho me oferece condições sustentáveis para que eu possa adquirir minha liberdade. Portanto, nessa lógica, não tenho dignidade. Várias perguntas podem surgir, mas para todas estas eu tenho uma simples resposta: a culpa é do empresário.
Particularmente em Sergipe, província na qual atualmente, e espero que provisoriamente, resido, não considero que haja empresários. Há comerciantes que se valem da força de trabalho em excesso e da necessidade das pessoas de obterem seus próprios sustentos para explorá-las. Essa visão somente poderia advir de pessoas retrógradas e que não vêem seus funcionários como colaboradores, mas como escravos, pagando um mínimo, mas cobrado o máximo, criando e mantendo um círculo vicioso que destrói por completo a auto-estima de qualquer indivíduo que tenha o mínimo de discernimento, qualidade esta que é evitada. Aqui se necessita não de pessoas que sejam hábeis e preparadas, mas de pessoas que apenas sejam NECESSITADAS.
Com isso cria-se uma prisão que deriva da relação NECESSIDADE-TRABALHO. Recentemente, em conversa com meu pai, que não tem chefe, me foi relatado que certa vez um amigo dele, que é empresário, afirmou que não paga bem aos seus funcionários por um simples motivo: os mantém presos. Como presos? Segundo ele, ganhando pouco, eles não terão como guardar dinheiro e, eventualmente, com a poupança, não poderão pedir demissão e usufruir da economia enquanto não encontra algo melhor para fazer. É com essa visão que o meio em que vivo impulsiona a economia.
Não vejo dignidade, não vejo decoro, decência na vida comercial e econômica da minha região. A cultura escravista ainda ronda os pensamentos das oligarquias que aqui nos sugam. O proletário nunca será visto com dignidade por nenhum empresário, principalmente se for de Aracaju.
Pra finalizar, quero tornar público, como forma de protesto, o meu pedido de DEMISSÃO VOLUNTÁRIA da empresa em que trabalho. Faço isso em homenagem a todos aqueles que infelizmente não têm condições de fazê-lo.
Ainda acredito que o trabalho dignifica o homem.